sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
O Teatro, o Cinema e os Livros.
Rushdie, In O Chão Que Ela Pisa.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Serralves.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Dias de Praia de Inverno.
Teoria e Prática.
"Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria. Quem não sabe nada de um assunto, e consegue alguma coisa nele por sorte ou acaso, chama "teórico" a quem sabe mais e, por igual acaso, consegue menos. Quem sabe, mas não sabe aplicar - isto é, quem afinal não sabe, porque não saber aplicar é uma meneira de não saber, tem rancor a quem aplica por instinto, isto é, sem saber que realmente sabe. Mas, em ambos os casos, para o homem são de espírito e equilibrado de inteligência, há uma separação abusiva.
Na vida superior a teoria e a prática complementam-se. Foram feitas uma para a outra."
Fernando Pessoa, em Revista de Contabilidade, Nº1, Pág.5, Janeiro de 1926.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Capuchinho Vermelho.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Os Sulcos.
Eu arregalava os olhos para este transformado Jacinto. E sobretudo me impressionava o seu horror pela Multidão - por certos efeitos da Multidão, só para ele sensíveis, e a que chamava os “sulcos”.
-Tu não sentes, Zé Fernandes. Vens das serras... Pois constituem o rijo inconveniente das Cidades, estes sulcos! É um perfume muito agudo e petulante que uma mulher larga ao passar, e se instala no olfato, e estraga para todo o dia o ar respirável. É um dito que se surpreende num grupo, que revela um mundo de velhacaria, ou de pedantismo, ou de estupidez, e que nos fica colado à alma, como um salpico, lembrando a imensidade da lama a atravessar. Ou então, meu filho, é uma figura intolerável pela pretensão, ou pelo mau gosto, ou pela impertinência, ou pela relice, ou pela dureza, e de que se não pode sacudir mais a visão repulsiva... Um pavor, estes sulcos, Zé Fernandes! De resto, que diabo, são as pequeninas misérias duma Civilização deliciosa!"
Eça de Queirós, in A Cidade e as Serras.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Berlinale Kamera Prize.
"No livro [de Eça de Queiroz], Macário confessa-se a um companheiro. [No filme, confessa-se a uma senhora sentada ao seu lado no comboio, interpretada por Leonor Silveira.] Achei mais viável o desabafo a uma senhora do que a outro homem, achei mais bonito, mais sedutor. De resto, as mulheres têm esse pendor, elas percebem os homens, já que eles não as percebem tão bem... A mulher é o lado feminino do universo, a parte fundamentel na continuidade das espécies. Já Agustina Bessa-Luis dizia, referindo-se à Virgem, que a Mulher é a Mãe de Deus. A mulher, digo eu agora, é a mãe da humanidade."
"Há uma fórmula que adoro, que li escrita no jornal a propósito de uma escultura em Modena de Donatelli, que dizia 'ele consegue a simplicidade dos gregos e o realismo da Renascença'. Achei esta ideia magnífica: ser simples quer também dizer ser claro, e ser claro é trazer á superfície o que é mais profundo."
Manoel de Oliveira, Berlinale.
Fonte:ipsilon.publico.pt
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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