Esta semana voltei ao Góshò, templo de sushi. À entrada estava Nuno Gaia-San, um dos mais carismáticos skatistas da velha-guarda do Porto, que empresta todas as noites um pouco do seu carisma e estilo sóbrio ao bar deste espaço underground do Nº1277 da Av.da Boavista. Digo underground única e exclusivamente porque o Góshò funciona num andar subterrâneo, porque para além disso ali não há mesmo ponta de contra-cultura. Mais do que nunca o sushi está na moda. Para além da decoração sofisticada mas despretensiosa, iluminação confortável e um serviço primorosamente orientado pela Sensei Teresa Guerra, este restaurante é também criativo na oferta de pratos, com propostas interessantes em função dos peixes do dia. O chef Paulo Morais, do QB de Oeiras, é o Maestro da cozinha. Desta vez comecei pela Yaki Hotategai, uma espetada de vieiras grelhada com ar de Eucalipto, passando depois para o Omakase Sushi to Sashimi, que é o mesmo que dizer que me entreguei nas mãos do sushiman para saber o que lhe ia na alma - Não me deixou ficar mal. Para sobremesa, a degustação de gelados, que foge à norma em termos de sabores e cumpre bem a sua função digestiva. A carta de vinhos é muito boa, não fosse feita pelo reputado escanção Manuel Moreira, e é naturalmente pertinente em relação ao tipo de pratos apresentados no menu. No final, analisados todos os ingredientes que nos fazem querer voltar a um lugar, o preço é “honesto” quando comparado àqueles que são praticados por restaurantes da mesma categoria mas, de facto, no Góshò (aliás como na maior parte dos restaurantes de Sushi) o peixe não é para todas as bolsas.
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