terça-feira, 27 de julho de 2010

Sobre o declínio.



Henry Jamyn Brooks, 1889.
Private View of the Old Masters Exhibition, Royal Academy,
National Portrait Gallery, London.


"Até há não muito tempo, a única maneira de alguém ficar verdadeiramente rico era tornar--se empresário industrial. Muitos partiram do zero e, pouco a pouco, criaram empresas próprias, inventando os produtos, a maquinaria e o sistema de distribuição em conjunto com os seus colaboradores, técnicos e operários. Em seguida inundavam o ambiente social que os rodeava, imprimindo- -lhe o próprio andamento. Por vezes reuniam em torno de si cientistas, artistas, escritores e criavam prémios literários. Nomes como Agnelli, Mattei, Ferrari, Ferrero, Barilla, Marzotto, Ratti, Merloni, Pirelli, Mondadori, Trussardi, Della Valle, Rizzoli, Benetton, Borletti, Zegna e Armani são evocativos de gigantescos complexos industriais, fantásticos palácios, fundações, iniciativas culturais e colecções de arte maravilhosas.

Já hoje em dia a riqueza advém cada vez mais da incursão no sector financeiro ou do êxito desportivo ou televisivo. Muitas empresas há que são dirigidas por um gestor que salta de firma em firma e de país em país, não se interessando grandemente por criar uma sede elegante, uma rede de relações humanas estáveis ou uma comunidade de artistas. Muitas vezes, se não tem gosto próprio, contrata o arquitecto mais famoso que consegue. Para a publicidade recorre a uma agência, para congressos e seminários confia nos pivôs televisivos mais conhecidos." (Continuar a ler aqui).

Por Francesco Alberoni, Via Jornal i.

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