Steve Gubin skateboarding.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Dogtown era, circa 1976.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
L'Allure.
Não há nada pior do que “estar na moda”. Numa estação têm um look executivo, para seis meses depois passar a ser hippie-chic, e depois punk. Do amarelo-limão passam para o preto, depois para o azul-eléctrico, e por aí fora, entre novos cortes, padrões, e texturas. Não há uma linha. Mais importante do que estar na moda é ter um estilo próprio, o que não quer dizer que este não possa ser eclético em relação aos diferentes momentos e actividades do dia, ou naturalmente adequado a cada uma das estações do ano.
Há pessoas que, independentemente da sua origem ou classe social, tem aquilo a que se chama allure – algo que se pode traduzir como a qualidade de se ser misteriosamente atractivo ou fascinante. É algo com que se nasce, uma característica intrínseca, que não se prende necessariamente com a estética tal como a entendemos nos nossos dias - e que se aproxima da definição de Kierkegaard para o “estádio estético” da existência humana, que implica o imediato, o finito - mas antes com a Estética enquanto disciplina filosófica que, segundo a sua definição clássica, tem como objecto de estudo a “essência” e a “percepção” da beleza, assim como as suas formas de representação na arte e na natureza, e os seus efeitos sobre os receptores. O allure projecta a beleza na mesma proporção em que a falta dele a anula, isto é: há pessoas que, num primeiro contacto, não nos atraem mas que, aquando de um conhecimento mais profundo, nos revelam características que acabam por ter em nós um efeito contagiante e, no plano inverso, há outras que, pelas suas características físicas, são atraentes mas que, após um primeiro contacto, nos desapontam em relação à expectativa criada.A moda da moda (porque a moda enquanto conceito sócio-cultural ultrapassa hoje largamente o âmbito do traje e o estrito acompanhamento das tendências que lhe estão associadas) desencadeou, num curto espaço de tempo, um processo que culmina numa estetização da sociedade em detrimento de uma cultura mais profunda e intelectualmente sustentada. A aparência nunca esteve tão intimamente associada à ideia de sucesso, ou de estrelato, como nos nossos dias. Há uma base comum a quase todas as áreas criativas, e não só, que é sustentada pela aparência.
Um pouco por todo o mundo, actores-modelos ou modelos-actores (já perdi o fio à meada) proliferam em produções fotográficas, filmes, anúncios, séries de televisão, telenovelas e bandas pop que vendem milhões de discos, ao mesmo tempo que impingem os seus “dialectos” e as marcas de roupa que vestem a toda uma geração de adolescentes. O facto de não saberem cantar não representa qualquer tipo de problema porque, na pior das hipóteses, alguém há de cantar por eles. Embora numa escala diferente, e numa clara declaração de que num mundo mediatizado “tudo é possível”, o efeito atinge o seu potencial máximo com situações como a chegada de uma ex-manequim, também cantora, ao Eliseu – Carla Bruni é primeira-dama em França.
Perante toda esta histeria estética li há tempos a seguinte frase: “A elegância é algo que deve ser sussurrado e não gritado”. De facto, é uma frase que, à partida, não tem nada de especial, mas que acaba por ser revolucionária, na medida em que vai contra as “tendências” em voga. No meu entender aponta para algo que não se prende necessariamente com o poder de compra, com determinadas marcas ditas “de luxo” ou logótipos gritantes, mas antes com a genuinidade, o carisma, a personalidade, e o tal allure de que eu falava. É uma ideia que remete para aquelas poucas pessoas que conseguem dar um efeito deslumbrante a um vestido comprado por 20 euros na loja da Cruz Vermelha, quando a norma é precisamente o inverso. E, se pensarmos bem, muito embora no seu contexto original esta ideia se aplique a pessoas, adequa-se também à música, a uma obra de arte, a uma casa, a uma loja, ou a um restaurante.
JMA.
Publicado no Semanário Económico (2008).
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Un Certain Jardin.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Notte Sento
Film-maker, photographer, and web designer Daniele Napolitano created this film with over 4500 still photographs from a Canon EOS 30D.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
?
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Unica Zurn: Drawings from the 1960's.
"The artist and writer Unica Zürn (1916-1970) worked as a film editor and journalist before turning her attention to fiction, poetry and art. (Cont.)"
Unica Zürn: Dark Spring
Drawing Center, NY.
April 17 – July 23, 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Adversity Breeds Toughness.
A verdade é que “tristezas não pagam dívidas”, e por ser delas que tratava uma carta que recebi um destes dias, não tive mesmo outro remédio senão passar a “dita” a patacos. A carta falava em qualquer coisa sobre um imposto de selo mas, segundo me disse a senhora que me atendeu no balcão da repartição de finanças onde me dirigi “há vários tipos de selos, que podem ser relativos a vários tipos de situações”, e que para saber mais concretamente do que é que se tratava, devia tirar uma senha branca, porque ela só tratava das amarelas, e dirigir-me ao seu colega do outro balcão que, ele sim, me explicaria tudo o que eu precisasse de saber relativamente a “selos”. Não nesse dia, mas noutro, o seu colega das senhas brancas elucidou-me em relação à tal questão filatélica. Está tudo tratado. Resta-me o consolo de (ainda) ter podido dispor de alguma coisa para vender, evitando assim que o meu nome fosse parar “à lista”.
“Adversity breeds toughness”, dizem os ingleses, e eu gosto de pensar que assim é.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Bruce Usher.
domingo, 12 de abril de 2009
Aqui e em L'Aquila.
Deve ter sido há cerca de um mês. Ia de manhã trabalhar e parei num dos semáforos do costume. O sinal ficou entretanto verde mas, antes de arrancar, reparei que havia um movimento estranho na entrada de um prédio do meu lado direito. Na verdade era uma saída. Dois homens carregavam desajeitadamente um pequeno caixão branco. Foram centésimas de segundo mas a brutalidade daquela imagem acompanhou-me o resto do dia, e está lá sempre que por ali passo. Agora foi a tragédia de L’Aquila que nos entrou pela casa dentro. Ali estavam outros caixões brancos. Esta noite deitei os meus filhos e, depois de adormecerem, fiquei a olhar para eles mais tempo do que é habitual. Em silêncio pedi-lhes desculpa pelas vezes em que não consigo dar-lhes aquilo de que precisam. O Mateus tem uma mota como esta.
sábado, 11 de abril de 2009
Uma Definição.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
The Proof.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Chez Adolf.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
O Saco da Bertrand.
Há dias cheguei a casa com um saco da Bertrand e, não sei se pela cor ou por outra razão qualquer, a minha filha Maria, que tem três anos, embicou com o saco.
-Ó pai, de onde é esse saco?-É da Bertrand.
-O que é isso?
-É uma livraria.
-O que é isso?
-É uma loja de livros.
-Dás-me o saco?
Dei-lhe o saco, e não demorou mais de 2 minutos a enchê-lo com brinquedos que, durante os dias seguintes, não voltaram a sair de lá. Foi de casa para a escola, da escola para casa, e por aí fora, sempre com o saco da Bertrand atrás. De vez em quando ouvia-se lá por casa:
- Onde está meu saco da Bétrã?
Num desses dias, estava eu a ler na sala e apareceu a Maria.
-Ó pai, porque é que te estás a rir?
-Foi uma coisa que li aqui no livro...
-Esse livro é da Bétrã?
-É.
-Quando é que vamos lá?
-Um dias destes.
E assim foi, passados um ou dois dias levei-a, a ela e também ao Mateus que é seu gémeo, à Bertrand. Quando cheguei à porta disse-lhes que "aquilo" era a Bertrand. A Maria olhou para cima, confirmou que o logótipo que estava por cima da porta era igual ao do saco que trazia na mão, e entrou a correr pela loja dentro. Cada um escolheu um livro, fomos à caixa, e a senhora que lá estava colocou-os em dois sacos. Quando saímos, a Maria tirou o livro dela do saco novo e pô-lo no antigo, junto dos outros brinquedos.
-Esse livro é da Bétrã?
-É.
-Quando é que vamos lá?
-Um dias destes.
E assim foi, passados um ou dois dias levei-a, a ela e também ao Mateus que é seu gémeo, à Bertrand. Quando cheguei à porta disse-lhes que "aquilo" era a Bertrand. A Maria olhou para cima, confirmou que o logótipo que estava por cima da porta era igual ao do saco que trazia na mão, e entrou a correr pela loja dentro. Cada um escolheu um livro, fomos à caixa, e a senhora que lá estava colocou-os em dois sacos. Quando saímos, a Maria tirou o livro dela do saco novo e pô-lo no antigo, junto dos outros brinquedos.
Blue Issues.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Young at Heart.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Soneto do Corifeu.
Pra quem tem paixão
Principalmente, quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
Que a vida não quer de tão perfeita
Uma mulher que é como a própria lua
Tão linda, que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua
Vinícius de Moraes.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
At the 1975 Grammy Awards.
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